A recente regulamentação publicada em Santa Catarina causou um verdadeiro alvoroço entre os tutores de cães, especialmente os que possuem raças consideradas de “potência física”, como os famosos pitbulls. Com isso, a nova lei, que inclui a proibição da circulação desses animais em locais públicos, trouxe à tona uma discussão acalorada sobre a segurança e a responsabilidade na posse de cães. Esta medida, promulgada pelo governador Jorginho Mello, não apenas visa promover segurança, mas também estabelece novas diretrizes para a criação e manejo de determinadas raças caninas. É essencial compreender o impacto e a importância dessa regulamentação, que, sem dúvida, pegou muitos brasileiros de surpresa.
Contexto da Nova Lei Contra Pitbulls Pega Brasileiros de Surpresa
A legislação que regulamenta a posse de cães de raças consideradas perigosas remonta à Lei nº 14.204, de 2007, mas as mudanças recém-implementadas são mais rigorosas e abrangentes. O decreto que formaliza essas alterações estabelece requisitos específicos para a circulação e manuseio de cães como o American Pit Bull Terrier, American Bully, Red Nose e Staffordshire Bull Terrier, dentre outros. Esses cães, reconhecidos pela sua força e potencial ofensivo, exigem medidas adicionais de controle e responsabilidade por parte de seus tutores.
Antes da nova regulamentação, muitos tutores desconheciam as implicações legais relacionadas à posse dessas raças. A crescente preocupação pública sobre ataques e incidentes envolvendo cães de grande porte levou o governo a agir, resultando nesta nova legislação. Com a alteração, muitos brasileiros passaram a questionar o que realmente significa ser um responsável tutor de um cão desta natureza.
Lista de Raças Abrangidas e Novas Exigências
O decreto recém-anunciado abrange 11 raças, que agora estão sujeitas a regras mais rígidas de circulação, reprodução e manuseio. Além das já mencionadas, incluem-se também variações como o Micro Exotic Bully e Pocket Bully. Esses cães só poderão circular em locais públicos se acompanhados por adultos maiores de 18 anos, utilizando guias curtas e focinheiras adequadas.
Os procedimentos sugeridos pela nova lei refletem um esforço coletivo para minimizar os riscos de incidentes públicos. No entanto, muitos tutores estão apreensivos, questionando se essas medidas serão suficientes para aumentar a segurança sem causar estigmatização para a raça. A lei também determina que os cães dessas raças devem ser castrados obrigatoriamente a partir dos seis meses de idade, uma iniciativa voltada para o controle populacional e a prevenção de reprodução não autorizada.
Multas, Sanções e Apreensão
Uma das mudanças mais impactantes trazidas pela nova lei é a penalização financeira para tutores que não seguirem as novas normas. As multas podem chegar a R$ 5 mil, sendo o valor ainda mais elevado em casos de reincidência. As consequências não se restringem às multas; casos mais graves, como ataques ou abandono, podem resultar na apreensão do animal. Essa abordagem punitiva, embora necessária para proteger a comunidade, também suscita debates sobre a equidade e a eficácia dessas medidas.
Os tutores terão que arcar com os custos de reparação de danos causados pelos seus cães. Essa responsabilidade reforça a importância da conscientização sobre a posse responsável de cães de raças potencialmente perigosas. A realidade é que um cão, independentemente da raça, precisa de treinamento, socialização e cuidados adequados para ser um membro seguro e respeitável da sociedade.
Além das penalizações para os tutores, a nova legislação cria um verdadeiro papel ativo para os municípios. Caberá a eles a fiscalização e a implementação de medidas emergenciais, incluindo o recolhimento de animais em casos de reincidência. Essa fiscalização deverá ser feita em parceria com a Polícia Militar, trazendo um aspecto de seriedade que pode mudar a dinâmica da relação entre pessoas e seus animais de estimação.
Campanhas de Conscientização
Um dos aspectos positivos dessa regulamentação é a ênfase em campanhas de conscientização promovidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae). Estas campanhas visam educar os tutores sobre o uso correto de equipamentos de contenção, como focinheiras, e a importância da esterilização como medida preventiva. Esta abordagem é fundamental para ter um efeito duradouro na questão da posse responsável e dos serviços de saúde animal no estado.
Além disso, a Semae propõe a criação de parcerias com prefeituras para facilitar a implementação de protocolos de fiscalização. O treinamento de equipes municipais e as ações voltadas à educação comunitária são essenciais para garantir que a nova legislação não apenas seja cumprida, mas que também resulte em um ambiente mais seguro para todos, humanos e cães.
Segurança Pública e Polêmica
No entanto, o decreto não está imune a controvérsias. O debate sobre a regulamentação de raças caninas e a criação de leis que diferenciem entre os comportamentos dos animais e a responsabilidade dos tutores continua. Grupos de proteção animal argumentam que essas medidas podem levar à estigmatização e, por consequência, ao aumento do abandono desses cães. Por outro lado, as autoridades defendem que a nova legislação é um instrumento necessário para proteger a coletividade, especialmente considerando o aumento de incidentes envolvendo cães potentes nos últimos anos.
Enquanto a comunidade se divide em opiniões, uma coisa é certa: a nova lei contra pitbulls pega brasileiros de surpresa e acende discussões sobre como a sociedade deve lidar com a posse responsável de cães considerados perigosos. O entendimento de que cada cão é único e que seu comportamento é muitas vezes uma reflexão do treinamento e da socialização que recebe é fundamental na construção de um ambiente seguro e harmonioso.
Perguntas Frequentes
O que motivou a criação dessa nova lei em Santa Catarina?
A nova lei foi criada em resposta ao aumento de incidentes envolvendo cães de raças consideradas perigosas, visando aumentar a segurança pública e promover a responsabilidade entre tutores.
Quais raças de cães são abrangidas pela nova regulamentação?
A regulamentação abrange 11 raças, incluindo American Pit Bull Terrier, American Bully, Red Nose, e Staffordshire Bull Terrier, entre outras.
Quais são as principais exigências para tutores de cães das raças abrangidas?
Os tutores devem ser adultos maiores de 18 anos, utilizar guias curtas e focinheiras ao levar seus cães a locais públicos, além de serem obrigatórios a castração dos animais a partir dos seis meses de idade.
Quais são as penalizações para tutores que não cumprirem as novas normas?
Os tutores que desrespeitarem as normas podem enfrentar multas de até R$ 5 mil, além de possíveis apreensões de seus animais em casos mais graves.
Como a lei impacta a posse responsável de cães?
A lei promove uma maior conscientização sobre a responsabilidade na posse de cães, reforçando a necessidade de treinamento e cuidados adequados para prevenir incidentes.
O que a Semae está fazendo para educar os tutores sobre essas novas regras?
A Semae está desenvolvendo campanhas educativas focadas no uso correto de equipamentos de contenção e na importância da esterilização, além de parcerias com municípios para implementação de protocolos de fiscalização.
Conclusão
A nova lei contra pitbulls representa um momento de reflexão e reavaliação sobre a posse responsável de cães, especialmente aqueles considerados de potencial ofensivo. O impacto dessa regulamentação vai muito além da simples proibição; ela busca criar uma cultura de responsabilidade e conscientização em torno da convivência entre humanos e animais. Enquanto muitos brasileiros se adaptam a essas novas exigências, é vital que as discussões continuem, para que se encontre um equilíbrio entre segurança e dignidade para todos os seres vivos.

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